INCLUSÃO SOCIAL
INCLUSÃO SOCIAL
CEEJA- Prof.ª Mertila Larcher de Moraes.
Para Ferreira (2009), a inclusão de pessoas com deficiência na EJA deve ser bem planejada, pois muitas práticas escolares contribuem para exclusão deste aluno. Assim como os demais estudantes da EJA, o aluno com deficiência busca nesta modalidade de ensino a possibilidade de aprender os conhecimentos básicos que lhe garanta entrar no mundo de trabalho, ou seja, se preparar para a vida.
Neste sentido, um dos desafios do CEEJA- Prof.ª Mertila Larcher de Moraes, é permitir a todos os alunos condições igualitárias no que se refere ao conhecimento. Além do mais, podemos considerar que, um dos desafios imposto aos educadores é possibilitar de uma forma eficaz o processo de inclusão de pessoas com algum tipo de deficiência.
É importante romper "barreiras" nos primeiros minutos de atendimento, é necessário deixar claro aos alunos que o professor não vai solucionar qualquer problema comportamental que por ventura venha ocorrer. Além do mais, a sutileza aqui, quando bem trabalhada, pode trazer benefícios importantes para o desenvolvimento do aluno e certamente, em um futuro próximo, estaremos cooperando no desenvolvimento de um adulto dotado de determinadas sensibilidades tão importantes para se viver em sociedade.
Desenvolver um trabalho consciente de que a inclusão social é de fato essencial para a formação do aluno e poder acreditar que tal teoria beneficia a todos; é essencial para derrubarmos possíveis obstáculos que se apresentarem em nossos caminhos.
Informação é um dos primeiros passos da inclusão.
Informar é incluir! Incluir dá certo!
O aluno surdo
A primeira língua para o indivíduo ouvinte é o português, já para o aluno surdo, a Língua Brasileira de Sinais (Libras), é a primeira língua, ou seja, sua língua materna.
Contudo, é através da Libras, que a linguagem da criança surda evolui, e é por meio dela, que as probabilidades cognitivas e conceituais acontecem. Com isso, há possibilidade de que o surdo tenha acesso ao conhecimento, à cultura e à integração social.
Entretanto, para os surdos, a obtenção da língua escrita, não é apenas uma modalidade da língua, como ocorre com o português falado ou escrito, pois a relação entre o som ouvido e falado, o fonema assume a relação mais direta com a letra escrita, ou grafema.
Em português, na sua forma oral ou escrita, a frase: "O meu irmão vai ser formar como engenheiro civil em dezembro" seria a mesma, em Libras, dessa mesma forma: "Dezembro agora irmão meu formatura engenheiro civil". Apesar do aluno não ouvir, consegue à sua maneira, se expressar através da linguagem escrita.
Muitos concordam que, o aluno surdo se encontra em um contexto educacional no qual procura a escola como ponto de referência para solucionar os possíveis problemas que enfrentam na vida social. Além do mais, esse convívio exige o conhecimento da linguagem escrita.
O CEEJA (Centro Estadual de Educação de Jovens e Adultos), Prof.ª Mertila Larcher de Moraes de Votorantim, possui um projeto que visa oferecer uma educação de qualidade para as pessoas que não tiveram a oportunidade de completar seus estudos no tempo determinado.
Acreditamos que, a preocupação do CEEJA não é apenas que esse aluno surdo alcance seu nível de escolaridade em atraso, mas também garantir o seu direito como cidadão. Por isso, a escola oferece a esse educando a oportunidade de terminar seus estudos, possibilitando oportunidades para sua inserção no mercado de trabalho.
Sem dúvida podemos afirmar que, o aluno surdo, matriculado nessa escola, percebe-a como parceira, que lhe oferece meios para que a socialização com o mundo se estabeleça de uma forma positiva. Além do mais, o CEEJA tem no seu quadro de docentes, uma professora de Libras capacitada, que trabalha o conteúdo do currículo com esses alunos de maneira diferenciada, contribuindo assim para o seu aprendizado.
Diante de tudo isso, entendemos que se faz necessário continuar com esse trabalho diversificado e dinâmico, que contribua para a formação integral das pessoas, assegurando o direito de todos viverem suas diferenças, pois através de uma educação que contribua para a aceitação e valorização das potencialidades de cada um, acontecerá a verdadeira inclusão social.
Francisca Nascimento da Silva, professora graduada em Licenciatura em Arte, pela Universidade de Sorocaba em 2013. Em 1998 Técnica em Contabilidade, pela Escola Técnica "Fernando Prestes" em Sorocaba.
Depoimento de alunos surdos:
"No começo, quando vim terminar último ano do Ensino Fundamental, foi muito difícil, porque naquela época não existia professor de intérprete.
Mas agora voltei e terminar meu Ensino Médio. Agora existe professor interprete, é muito mais fácil comunicar com aluno, acredito fica mais fácil de estudar prestar atenção.
Muito obrigado CEEJA! Eu agradeço muito esta escola cresceu muito. Me ajudou muito terminar meu ensino médio, agora estou pronto pra me formar e pega meu cerificado de diploma. Muito obrigado CEEJA melhorou bastante esta escola, merece ter futuro melhor".
(Paulo da Fonseca)
"Eu escola mesmo muito gosto CEEJA, primeiro, professora amigo surdo bom feliz. Eu está feliz formatura, vem todo dia mesma escola, obrigado muito escola, professora amei aqui CEEJA 2018, agradecemos, obrigada, Deus abençoe". (Sandro Godoy de Oliveira).